Já faz bastante tempo que este blog está desativado - e talvez seja hora de retomá-lo. Um desconhecido gentil me pediu hoje que continuasse escrevendo, e eu não soube o que dizer-lhe, não sei bem que gesto lhe fiz em agradecimento ou estranheza. Não sou escritor, sou provavelmente o antiescritor. Não sei dar forma à matéria literária das experiências pessoais. Todos os meus escritos naufragaram, inclusive este, no exato instante em que tudo parece ademane artificial para soar bem maldito, algo outsider, mais dedicado a mim mesmo do que ao público leitor.
Pior: a seguir me ocorre o clichê: não posso deixar de escrever, trata-se de uma forma legítima de expressão, não de vida. Mas ao mesmo tempo me cansa a ideia de escrever aqui com regularidade, como ocorria antes, um desejo profundo de postar, de dizer antes, pose irrefletida de furo jornalístico da própria vida pessoal, que, no mais, não tem assim tanto assunto - quase todos os dias acordo cedo, dou aula, preparo aula, brinco com os cachorros, namoro e durmo. E mais ainda: não é minha vida um assunto digno de ninguém, a não ser eu e uns poucos que amo. Também não faço reflexões filosóficas dignas de nota semanalmente - e se as fizesse, talvez temesse postá-las aqui.
Desisto de publicar.
Pior: a seguir me ocorre o clichê: não posso deixar de escrever, trata-se de uma forma legítima de expressão, não de vida. Mas ao mesmo tempo me cansa a ideia de escrever aqui com regularidade, como ocorria antes, um desejo profundo de postar, de dizer antes, pose irrefletida de furo jornalístico da própria vida pessoal, que, no mais, não tem assim tanto assunto - quase todos os dias acordo cedo, dou aula, preparo aula, brinco com os cachorros, namoro e durmo. E mais ainda: não é minha vida um assunto digno de ninguém, a não ser eu e uns poucos que amo. Também não faço reflexões filosóficas dignas de nota semanalmente - e se as fizesse, talvez temesse postá-las aqui.
Desisto de publicar.
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